No Departamento de Física Matemática do Instituto de Física da USP, Rivelles e mais oito físicos (pós-doutores e pós-graduandos) trabalham há três anos e meio no projeto Gravitação Quântica, com financiamento de R$ 3,4 mil da FAPESP. Além da USP, há estudos nessa área nas universidades estaduais Paulista (Unesp) e do Rio de Janeiro (UERJ), nas federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Rio Grande do Sul (UFRGS) e no Centro Brasileiro de Pesquisas  

tranqüilidade com as equações deterministas do movimento, os cientistas tiveram de encarar o terrível princípio da incerteza, formulado pelo físico alemão Werner Heisenberg (1901-1976), para o qual é impossível determinar simultaneamente a posição e a velocidade de uma partícula. “Quando tentamos aplicar os conceitos da mecânica quântica à relatividade geral, somos conduzidos a resultados absurdos, que contradizem os próprios fundamentos dessas teorias, 

diz Rivelles. Deus joga dados? - Apesar de ter contribuído para o nascimento da mecânica quântica, Einstein jamais aceitou sua interpretação probabilística. Na Física clássica, toda quantidade física tem um valor determinado. No mundo quântico, passou a vigorar a probabilidade. Deus não joga dados com o Universo, disse Einstein. O físico britânico Stephen Hawking (1942-), que ocupa o mesmo posto de Newton na Universidade de Cambridge, rebate Einstein: Deus joga dados, sim!.

Físicas (CBPF).
Eles não têm dúvidas: o resultado a ser obtido pode revolucionar a Física. Mas não é fácil chegar lá. Afinal, os dois extremos dessa conciliação são justamente os principais pilares da Física moderna.

Micro versus macro - A mecânica quântica pode parecer para o leigo um amontoado de conceitos que ferem o bom senso: aquilo que ora parece ser uma partícula, comporta-se como uma onda e vice-versa. Além desse aparente contra senso, há uma perda definitiva do que restava da Física clássica. Após séculos de 

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